Cotidiano

Jucá diz que temas econômicos são prioridade e não lei do abuso de autoridade

BRASÍLIA – O presidente nacional do PMDB e líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse nesta quinta-feira que, passado o “momento de crise” com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a prioridade neste momento é a votação da PEC do teto de gaastos. Perguntado sobre o projeto da lei que pune o abuso de autoridade, Jucá disse que agora é prioridade é votar temas econômicos. O acordo que levou à decisão do Supremo de manter Renan Calheiros (PMDB-AL) no comando do Senado incluiu deixar de lado a votação que da lei de abuso de autoridade.

Renan já prometeu que não votará o assunto. Mas não quer parecer que está recuando ou que foi derrotado, agora que saiu vitorioso do STF. Por isso, nos bastidores, tenta evitar a votação do requerimento dos líderes para retirar o tema da pauta. O presidente do Senado quer apenas desistir do assunto, mas sem parecer que isso esta ocorrendo.

Mas o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), recebeu a promessa de se votar o requerimento para oficializar o entendimento.

Para Jucá, o importante é que o que será votado até 2017 é a lista de temas econômicos.

? Temos duas prioridades grandes nesses três ou quatro últimos dias. Primeiro, a PEC do Teto. E, depois, o próprio Orçamento, que precisa estar votado para que em janeiro o governo tenha tranquilidade para trabalhar. E,a partir daí, o que tiver de espaço na agenda, serão priorizados temas econômicos. A Lei de Abuso está na pauta, mas ela tem que ser conduzida dentro dessa visão de que a economia tem mais urgência ? disse Jucá ao GLOBO.

Jucá elogiou o entendimento do Supremo e disse que a Corte acabou com a crise.

? Como presidente do PMDB, vejo uma ação extremamente positiva na busca de entendimento entre os Poderes. Tínhamos um potencial de crise, temos que reconhecer isso, mas, ao mesmo tempo, isso foi conduzida com muita competência, tranquilidade pelo STF. E o STF levou a uma solução que harmoniza o final do ano com essa agenda imensa que temos que votar. O Supremo foi muito propositivo, consentâneo com a realidade. Portanto, a gente respeita e aplaude a busca desse caminho. As intransigências não ditaram a condução dos Poderes. Agora, é página virada ? disse Jucá.