TEERÃ Trinta jovens foram condenados a 99 chibatadas porque participaram de uma festa com música no Irã. A pena aplicada aos meninos e meninas presos tinha o objetivo de servir de exemplo ao resto do país, segundo autoridades. A legislação local proíbe homens e mulheres de dançarem juntos e de consumirem álcool.
Os jovens faziam uma festa no jardim de uma casa perto de Qazvin, no Norte do Irã, de acordo com Esmail Sadeghi Niyaraki, delegado do governo local.
Mais de 30 meninas e meninos que não se conheciam e que estavam dançando sob o pretexto de uma festa de entrega de diplomas foram presos e punidos declarou Niyaraki na quinta-feira. A prisão destes jovens, seminus, que consumiam álcool e se comportavam de maneira indecente, prejudica a opinião pública.
Autoridades dizem que eles foram presos na hora e, em seguida, levaram as chibatadas determinadas em caráter emergencial por um tribunal local. Todo o procedimento de interrogatório, investigação, processo, veredito e aplicação durou menos de 24 horas.
Segundo o delegado, trata-se de uma lição para aqueles que tentam violar as regras da República Islâmica. Homens e mulheres são proibidos de dançar juntos, sobretudo sem o véu islâmico. O consumo de álcool também não é permitido.
Acredita-se que estas punições sejam parte da intensificação da repressão pelo judiciário dominado por uma postura rígida no Irã. Na véspera, 120 pessoas foram presas em operações em casas de pessoas solteiras, incluindo pelo menos 10 mulheres. Embora morar sozinho não seja uma violação, autoridades dizem que estas casas são ambientes mais propensos a condutas criminosas.