CARACAS – Três jornalistas foram detidos na Venezuela após fazerem uma cobertura de um roubo numa filial do Banco Central do país em Caracas. Entre os dias 23 e 25, os repórteres Román Camacho (do site “La Patilla”), Josselyn Torres e Darvinson Rojas (do “El Pitazo”) foram detidos e interrogados sem notificação.
Os três profissionais cobriam um tiroteio no Banco Central, em Caracas, que terminou com o assaltante morto. Eles tiveram acesso a um vídeo de câmeras de segurança que mostram o invasor culpando a fome no país durante o roubo, que acabou resultando numa troca de tiros com forças de segurança e sua morte.
“O interrogatório arbitrário é o mais recente exemplo da intensa intimidação e táticas de pressão contra jornalistas na Venezuela. A confidencialidade de fontes e o direito de investigar e cobrir o que acontece são valores-chave para a liberdade de informação. O governo tem a obrigação de garantir a segurança dos jornalistas, em vez de ser seu maior violador”, criticou em nota o diretor da ONG Freedom House para a América Latina, Carlos Ponce.
O governo não deu explicações sobre o caso.