LONDRES – O fotojornalista do “Times” Anthony Lloyd, sequestrado em 2014 junto a outro colga pelos rebeldes enquanto cobria o conflito na Síria, afirma que um de seus sequestradores faz parte de um grupo de combatentes apoiado pelas forças americanas.
Em um artigo publicado neste sábado no “Times”, Lloyd explica que recentemente reconheceu a pessoa que atirou contra ele e o sequestrou, em um vídeo que mostra combatentes rebeldes “pertencentes a um grupo apoiado pela CIA”, a agência de inteligência americana.
Durante seu cativeiro, Anthony Lloyd foi baleado na perna e o fotógrafo Jack Hill foi duramente espancado, segundo o jornal britânico. Os dois jornalistas foram finalmente libertados por ordem de um comandante local rebelde.
“Atirou contra mim em meio a uma multidão de espectadores depois de ter me espancado selvagemente, acusando-me de ser um espião da CIA. Agora, pelo que parece, trabalha para ela”, escreveu Lloyd, ressaltando que foi baleado duas vezes “quase à queima-roupa” e quando estava amarrado.
“Homens assim são os últimos aliados dos ocidentais contra o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria”, acrescenta.
Os militares americanos lançaram no início de 2015 um programa de 500 milhões de dólares para formar e equipar combatentes sírios que lutassem contra o EI.