RIO – O ministro da Defesa, Raul Jungmann, visitou na manhã de ontem a sede da
Brigada de Infantaria Paraquedista, para conferir sua tropa, equipamentos,
materiais e veículos. Com cerca de 2.200 homens, a brigada será empregada como
uma das tropas de Força de Contingência do Coordenador Geral de Defesa de Área
(CDGA) ? órgão das Forças Armadas criado especialmente para a segurança dos
Jogos Olímpicos. Com tal atribuição, o grupo está preparado para se deslocar a
qualquer ponto do território nacional, em eventuais crises.
? O Brasil é um país pacífico, mas não é um país desarmado. Sabemos nos
defender e contra-atacar. E, se alguém nos desafiar, responderemos de forma
incansável e implacável ? disse o ministro.
O efetivo é um décimo do contingente das Forças Armadas,
que vai contar com 22 mil homens no Rio, até o próximo dia 15. Ao todo, serão 41
mil militares mobilizado em todo país, incluindo os que vão atuar em cidades
onde haverá partidas de futebol: São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Salvador e
Manaus. Links_segurança-jogos
[Hoje, cerca de mil homens das Forças Armadas já estão na
cidade, em uma operação de visibilidade. Entre os dias 15 e 21, os militares
irão passar por uma série de exercícios, como simulações de explosão em estações
e trens da SuperVia. No dia 24, terá início a Operação Olimpíadas, com todo o
contingente de Defesa.
Durante os Jogos, as Forças Armadas vão fazer o policiamento ostensivo em
pontos estratégicos da cidade como estações de energia, água e telecomunicações
e em aeroportos, além de serviços de transporte, como trens e vias expressas,
como as linhas Vermelha e Amarela e a Avenida Brasil.
? Nós estamos absolutamente preparados para o
policiamento ostensivo. O pessoal daqui esteve na Maré, eles são tropa de elite
? explicou.
PEDIDO DE PERMANÊNCIA
Em junho, o governador em exercício Francisco Dornelles solicitou ao governo
federal um contingente extra das Forças Armadas. Questionado, contudo, sobre a
possibilidade de permanência dos militares na cidade, após o fim das
Paralimpíadas, Jungmann explicou que ainda não recebeu pedido oficial:
? Na terça-feira, recebi um pedido de audiência com o
chefe de gabinete do presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, e eu acho que
esse será o pedido (de permanência). O que eu posso dizer é que pedido do TSE
tem força de lei e que, obviamente, dentro das nossas possibilidades
operacionais, estamos prontos para atender à solicitação ? disse.
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