Cotidiano

Israel suspende permissão de entrada de 83 mil palestinos após atentado em Tel Aviv

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TEL AVIV ? Israel anunciou nesta quinta-feira as primeiras medidas após o atentado em Tel Aviv, incluindo o envio de centenas de soldados à Cisjordânia e a suspensão das permissões de entrada de dezenas de milhares de palestinos durante o Ramadã. Dois palestinos com pouco mais de 20 anos abriram fogo na quarta-feira às 21h30 (15H30 de Brasília) no mercado popular de Sarona, deixando quatro israelenses mortos e sete feridos.

Não houve reivindicação imediata pelo ataque em um complexo de restaurantes próximo ao Ministério da Defesa da Israel, mas o Hamas e outros grupos militantes palestinos foram rápidos em elogiá-lo.

Em comunicado, os militares informaram que os reforços na Cisjordânia foram feitos ?de acordo com a avaliação da situação?, e inclui soldados de infantaria e unidades reconhecimento.

Também como medida de segurança, Israel suspendeu 83 mil autorizações especiais concedidas a palestinos para visitarem familiares no país durante o mês sagrado do Ramadã, e reforçou as patrulhas da polícia em Tel Aviv. Israel considera que essas licenças são um gesto de boa vontade para os palestinos.

Para os moradores na Faixa de Gaza, as permissões também foram suspensas, tanto as de visitas a parentes em Israel, como as de viagem ao exterior e de acesso à mesquita al-Aqsa, em Jerusalém, informou o Cogat, um órgão de defesa israelense.

Além disso, o Exército bloqueou as permissões de trabalho para 204 familiares dos agressores, e limitou a saída e a entrada de palestinos no povoado de Yatta, sua cidade natal, perto de Hebron. De acordo com Cogat, o acesso ou a saída da localidade só são permitidas em casos humanitários ou médicos.

Após o ataque, dois atiradores foram baleados e presos ? um ficou em estado grave. O atentado foi celebrado pelo grupo radical Hamas.

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