O IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil) completa neste dia 26 de janeiro 100 anos de existência.
Em um manifesto sobre a data, o órgão faz um resgate histórico, lembrando da sua atuação pela democracia, pela cultura e pelo direito à cidade. Cita ainda que, apesar das razões para comemorar, os temos são “sombrios”. “Assistimos à destruição e ao desvirtuamento de instituições essenciais à democracia, instituições que deveriam ser guardiãs de nosso povo, nossa memória e nosso futuro”, diz trecho do documento, que segue. “A tragédia sanitária e a ameaça totalitária somam-se a uma realidade já cruel para a maioria do povo brasileiro. Nossas cidades sofrem o efeito do descuido e da ganância, nossas riquezas são expatriadas, nosso povo explorado, nossa juventude tem seu futuro arrancado”.
O texto lembra que a história centenária do IAB foi construída com “dedicação, luta e ação política”, esteve presente na luta pela redemocratização do País, atuou em políticas públicas importantes como a Lei da Casa Própria e a criação do Ministério das Cidades, em 2003, “extinto mais tarde, ao lado dos Ministérios do Trabalho e da Cultura”.
Cita que, em 2021, o IAB lança seu olhar para os próximos 100 anos, ao lado de entidades que defendem a democracia e as liberdades democráticas, “elevando nossa voz contra as arbitrariedades e os desmandos que enfrentamos e enfrentaremos cada vez mais”.
E conclui: “No dia do centenário, o IAB reafirma sua convicção de que projetamos e planejamos porque acreditamos que o mundo pode ser melhor do que é, desenhado a muitas mãos, a partir do reconhecimento da dignidade e da liberdade de todas as pessoas. E que as propostas expressas neste manifesto somente serão alcançadas em sua plenitude quando também houver democracia em sua plenitude”.
Confira a seguir a íntegra do manifesto.