LONDRES Treze anos após a invasão das tropas britânicas no Iraque e sete anos depois da retirada do país que ainda está assolado em violência, um inquérito oficial concluiu que a participação britânica na guerra ocorreu de forma prematura, e que a ameaça de armas de destruição em massa se mostrou certamente injustificada. As conclusões da investigação estão sendo apresentadas nesta quarta-feira.
O Reino Unido juntou-se à invasão não como um último recurso,antes de opções pacíficas serem esgotadas, indica o relatório, assinado pelo diplomata John Chilcot.
O documento, produzido em sete anos, analisa as decisões tomadas antes e durante a intervenção militar no Iraque em 2003, um dos capítulos mais controversos durante os governos do ex-premier Tony Blair (1997-2007).
Chilcot considerou que os planos britânicos para administrar a situação do país após a invasão foram totalmente inadequados. O documento contém 2,6 milhões de palavras sobre a guerra e suas consequências caóticas.
Apesar das advertências explícitas, as consequências da invasão foram subestimadas. O planejamento e os preparativos para o Iraque pós-Saddam foram totalmente inadequadas disse Chilcot.