RIO – O Senado australiano rejeitou, nesta segunda-feira, um plano para realizar um plebiscito sobre o reconhecimento ao casamento gay no país, por 33 votos a 29. A proposta da consulta, não-vinculante, partiu do governo conservador do Primeiro Ministro Malcolm Turnbull, que esperava realizar o plebiscito no próximo dia 11 de fevereiro.
Oponentes ao casamento homossexual apoiaram a proposta de uma consulta, enquanto a maioria das organizações que representam as pessoas LGBT se posicionou contra a ideia ? argumentando que um plebiscito provocaria um debate público hostil.
Penny Wong, uma senadora de oposição lésbica, se posicionou contra a consulta justificando que isto iria difamar a sua família.
A maioria dos defensores do casamento homossexual querem que o próprio parlamento decida sobre a questão, sem o voto do público. Hoje, vários estados australianos permitem o matrimônio igualitário, mas este não é reconhecido a nível nacional.
O governo ainda vai se posicionar sobre se os parlamentares poderão decidir sobre a questão. Ivan Hinton-Teoh, representante do grupo pelos direitos dos gays just.equal, disse nesta terça-feira que o Parlamento deveria decidir sobre a questão ainda neste mandato.
Já Shelley Argent, do grupo PFLAG Australia, que representa pais de crianças gays, pontuou que o plebiscito foi moldado para falhar.