RIO – Uma das medidas que o estado pretende adotar para enfrentar a crise é reduzir o
número de usuários do Bilhete Único, sistema em que o governo subsidia parte dos
valores das passagens de quem faz duas viagens em transporte público num período
de até três horas. O governo estuda limitar o benefício a quem é isento de
Imposto de Renda. Hoje, quatro milhões de pessoas usam o bilhete. Este ano, o
orçamento prevê gasto de R$ 600 milhões com o subsídio.
Na quinta-feira, o governador em exercício Francisco Dornelles
disse que o benefício não será mais universal, se limitando a usuários de baixa
renda:
? O teto não foi definido, mas a posição majoritária é que ele seja o da
isenção de Imposto de Renda. Crise – 09/06
Ainda não há um número oficial sobre quanto o governo deve economizar com a
medida, mas nos bastidores estima-se o mínimo de R$ 100 milhões. O usuário hoje
desembolsa R$ 6,50 e pode fazer até duas viagens na Região Metropolitana. Sem o
benefício, o valor chegará a quase R$ 12.
Outro programa social que entrou na mira da tesoura de
Dornelles é o Renda Melhor, de transferência de recursos para complementar o
Bolsa Família. Ele atende famílias que vivem com menos de R$ 100.
Responsável pela gestão do Renda Melhor, o secretário de Assistência Social e
Direitos Humanos, Paulo Melo, ameaçou pedir demissão caso o programa seja
extinto. Melo disse que vai convencer Dornelles a manter a iniciativa:
? Tem que cortar o Bilhete Único, mas não o Renda
Melhor, que é para quem precisa muito. Conheço pessoas do alto escalão do
judiciário que andam de barca com Bilhete Único.
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