Cotidiano

Governo estuda mais 2 parcelas de seguro a desempregados

A equipe econômica indica não ser contra a medida, mas solicitou um prazo de 15 dias para apresentar uma nova proposta

Comércio de rua em Brasília - Foto: Agência Brasil
Comércio de rua em Brasília - Foto: Agência Brasil

Brasília – Após mais de duas horas de discussão, integrantes do governo federal pediram a suspensão da votação sobre a prorrogação do seguro-desemprego para quem foi demitido durante a pandemia da covid-19. Segundo informações do Estadão, a equipe econômica indica não ser contra a medida, mas solicitou um prazo de 15 dias para apresentar uma nova proposta.

Representantes dos trabalhadores no Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador), responsável por operar políticas como abono salarial e seguro-desemprego, querem prorrogar o pagamento do seguro por mais duas parcelas.

O custo de cada parcela adicional é estimado em R$ 8,35 bilhões. A proposta das centrais sindicais é pagar duas parcelas adicionais, o que levaria a uma despesa extra de R$ 16,7 bilhões.

O governo ponderou que é preciso fazer uma análise dos setores e das regiões mais afetados, além das parcelas e dos valores envolvidos. O temor do governo é que o gasto adicional comprometa ainda mais as contas públicas, já pressionadas pelas despesas de combate à covid-19.

A lei do seguro-desemprego autoriza o Codefat a pagar duas parcelas adicionais do benefício para grupos específicos de segurados, desde que o gasto adicional da medida não ultrapasse, em cada semestre, 10% da reserva mínima de liquidez que o fundo mantém para honrar suas obrigações. Essa reserva é calculada ao redor de R$ 13 bilhões – ou seja, a despesa extra não poderia passar de R$ 1,3 bilhão.