HAVANA – O Google e a Empresa Estatal de Telecomunicações de Cuba (Etecsa) firmaram na manhã desta segunda-feira um acordo para melhorar o acesso à internet na ilha, um dos países com as menores taxas de conectividade do mundo, segundo informam fontes cubanas.
O convênio vai possibilitar o acesso do país caribenho a uma rede de servidores chamada Google Global Cache, que armazena conteúdo de produtos populares e amplia o uso de serviços como o Gmail e o YouTube.
O anúncio se dá uma semana após a visita a Havana do conselheiro de Segurança Nacional americano, Ben Rhodes, que esteve na ilha para as homenagens prestadas a Fidel Castro, morto no último dia 25.
A parceria do Google com o país já havia sido mencionada por Barack Obama em março deste ano, quando o presidente americano anunciou um pacto para estabelecer mais acesso Wi-Fi e de banda larga, ?necessário para que Cuba entre no século XXI, sob uma ótica econômica?.
Ainda em março, o Google abriu seu primeiro centro de tecnologia em Cuba, localizado no estúdio do artista plástico Alexis Leyva ?Kcho?, em Havana. A central oferece acesso gratuito a uma conexão muito mais rápida que no resto do país, além de permitir que sejam usados produtos de última geração da companhia.
Em Cuba, é proibido o acesso à internet dentro das casas dos cidadãos. Apenas profissionais como jornalistas, advogados ou acadêmicos podem usufruir da comodidade, se munidos de uma autorização do governo. Desde julho de 2015, contudo, foram disponibilizadas em toda a ilha centenas de zonas Wi-Fi em lugares público, pelo preço de US$ 2 por hora.
Desde dezembro de 2014, quando Cuba e EUA iniciaram um processo de restabelecimento de suas relações, a Etecsa firmou acordos de conexão direta para chamadas de voz entre os dois países com IDT Domestic Telecom, Sprint, Verizon e, mais recentemente, com a AT&T.