RIO – O publicitário Francisco de Assis Neto, o Kiko, o único ainda foragido das cinco pessoas que tiveram mandado de prisão preventiva executado durante a Operação Eficiência, promete se entregar na quinta-feira, garantem fontes ligadas à investigação. Ele teria recebido R$ 7,7 milhões nas operações de lavagem de dinheiro conduzidas pelos irmãos Chebar, delatores que revelaram um desvio total de US$ 100 milhões. Kiko era subsecretário adjunto de Comunicação do governo Cabral. Links EIke
O nome de Francisco de Assis Neto entrou nesta segunda-feira no sistema da Interpol, conforme aponta documento que consta na Justiça Federal. No dia da operação, o advogado de Kiko, Breno Melaragno, afirmou que seu cliente estava em férias nos Estados Unidos e se entregaria nos próximos dias à Polícia Federal (PF). O empresário Eike Batista também era considerado foragido, mas voltou ao país na segunda-feira, quando foi preso.
O advogado de Kiko entregou à 7ª Vara Federal Criminal documentos que segundo ele comprovam que Kiko comprou, ainda em julho do ano passado, passagens para ele e a família passarem férias nos Estados Unidos de 6 de dezembro até o próximo dia 10 de fevereiro, quando estaria marcada sua volta.
Corretor de seguros, Kiko entrou na política atuando na área de publicidade da prefeitura de Duque de Caxias na gestão anterior de Washington Reis (PMDB), hoje novamente prefeito da cidade. Como secretário de Comunicação, conheceu o secretário estadual de governo, Wilson Carlos, próximo de Cabral, e então foi levado a trabalhar no governo estadual.
Na Operação Eficiência, foram expedidos mandados de prisão contra o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), o ex-secretário Wilson Carlos e Carlos Emanuel Miranda, apontado como operador do peemedebista, Eike Batista, entre outros.