Cotidiano

Filme de diretora estreante em longa se destaca no Festival do Rio

mulherdop_f01cor_2016130661_0.jpgRIO – Além de Felipe Sholl, Cristiane Oliveira foi a outra diretora estreante em longa que se destacou no Festival do Rio. O filme ?Mulher do pai? levou os prêmios de direção, fotografia e atriz coadjuvante (Verónica Perrotta). Felipe Sholl 1810

Coprodução entre Brasil e Uruguai, a trama, ambientada numa pequena vila na divisa entre os dois países, gira em torno de um homem cego (vivido pelo ator Marat Descartes) e a sua filha (Maria Galant). O elemento da cegueira já estava presente no primeiro curta de Cristiane, ?Messalina? (2004), laureado no Festival de Gramado e no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

? O que me levou a fazer ?Mulher do pai? foi o medo, o assombro que se sente diante da ideia da perda da memória visual. A relação entre um cego e alguém que enxerga e precisa descrever o mundo para o outro é baseada na intimidade e na confiança. Isso se conectou a outro tema de interesse pessoal: a reaproximação entre pai e filha, algo que eu vivi na minha adolescência ? diz a porto-alegrense de 37 anos.

Ela também é formada em Comunicação, mas seu interesse pessoal por fotografia e a oportunidade de ter trabalhado num filme de animação, ainda na faculdade, a fizeram ser ?fisgada pelo cinema?. Assim como Sholl, seu principal interesse não passa por rótulos:

? A gente se esforça para contar o filme do jeito que a gente quer.