Cotidiano

Filho de Picciani, ministro dos Esportes cumpre agenda normal em Brasília

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BRASÍLIA – Leonardo Picciani, ministro dos Esportes, tenta manter normalidade cumprindo agenda em Brasília nesta quarta-feira, dia em que seu pai, Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), foi alvo de condução coercitiva. A Polícia Federal (PF), na Operação “O Quinto de Ouro”, investiga supostos esquemas de arrecadação de propina no Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ). Cinco dos sete conselheiros da corte foram presos preventivamente.

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Pela manhã, com a deflagração da operação da PF no Rio, a agenda do ministro dos Esportes sofreu alguns ajustes. Perto do almoço, ele recebeu o ministro do Turismo, Marx Beltrão, e a reitora da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Maria Valéria Costa. Para a tarde, só estão previstos, oficialmente, despachos internos. A agenda do ministro costuma ser publicada somente no dia seguinte aos eventos.

Leonardo e o pai, Jorge Picciani, estiveram nesta terça-feira com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto, e na residência oficial da Câmara, com o também deputado fluminense Rodrigo Maia (DEM). Com uma comitiva de ministros e líderes do Congresso, Jorge Picciani fez apelos para que o plano de recuperação fiscal dos estados, incluindo o Rio, seja aprovado com urgência. Temer repassou o pedido ao líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e a Rodrigo Maia.

“Explicamos que o estado não aguenta mais com salários atrasados, estamos em risco de descontrole social eminente, e só restará intervenção federal, que terá um custo muito maior”, escreveu Jorge Picciani em sua última publicação no Facebook, nesta terça-feira, em que posou para fotos no Planalto. Picciani preside a Alerj pela sexta vez. De 2003 a 2010, ele teve quatro mandatos de presidência consecutivos.

O depoimento a que Jorge Picciani foi submetido visa a esclarecer supostos esquemas de arrecadação de propina no Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) para ignorar irregularidades de empreiteiras e empresas de ônibus no estado do Rio. Cinco dos sete conselheiros do tribunal tiveram prisão preventiva decretada.