RIO – As feiras descoladas de gastronomia e moda são a cara do Rio. Neste sentido, destacam-se duas iniciativas empreendedoras: a Retoke, de moda independente e decoração, e a Botafood, de gastronomia. As fundadoras Marina Carneiro e Liz Oshini vão unir seus projetos e criar o evento Retoke + Botafood, que acontece no próximo final de semana em Botafogo (Rua Sorocaba 436). A parceria, até então inédita, promete ser longa.
Saiba mais? Nos demos conta de que se fizéssemos o evento juntas, teríamos uma grande oportunidade para promover para o público algo inovador, com duas marcas unidas com tantos empreendedores mostrando seus trabalhos ? afirma Marina.
A expectativa é movimentar R$ 500 mil na venda nos food trucks e nos fashion trucks (R$ 300 mil na parte da moda, arte e decoração, e R$ 200 mil envolvendo gastronomia). O público é atraído pela vantagem de comprar diretamente do produtor, sem varejo.
? Quando comecei a trabalhar no projeto de food park no Rio percebi que o público daqui pede uma experiência além da comida, como música, arte, moda. E é interessante a junção de públicos para produtos diferentes com a mesma sinergia ? conta Liz.
Vão participar deste evento os ?âncoras? American Way Truck, Mate da Vovó, Plano B e Drink Here. Já a Retoke levará 30 de seus principais estilistas independentes , como Isaac T-shirts (blusas), Zoe Brazil (decoração), De Al Flats (sapatos) e Julia Flor Bolsas (bolsas de couro).
Apesar de já terem parceiros consolidados, as empresárias dizem que novos colaboradores são sempre bem-vindos. Para Mariana, o perfil são empreendedores inovadores das áreas da moda, arte e gastronomia, com ideias e negócios criativos ? até porque os visitantes sempre querem novidades. Na Retoke, por exemplo, há um estúdio de tatuagem e carros de fashion trucks, que são marcas de moda em vans e Kombis. Além disso, no Botafood, um novo tema é escolhido para cada edição.
Em um ano complicado para a economia, elas concordam que as feiras trazem um público que está preocupado em cortar custos.
? Os tempos difíceis e crises geram turbulências que podem ser agarradas como oportunidades, se estivermos atentos e dispostos a correr riscos. No caso do Botafood foi exatamente o que ocorreu. Pelo ponto de vista do público, minha visão pessoal é simples: já não se está podendo viajar, comer em restaurantes finos e comprar em lojas caras, mas as pessoas sempre vão querer se divertir! Um evento como esse, com entrada livre, ótimos produtos e variedade, quem não vai querer? ? questiona Liz.