Cotidiano

Exportações do município caem 14%

A principal retração diz respeito às exportações da carne de frango, que baixaram de US$ 70,4 milhões

Cascavel – O volume financeiro das exportações de Cascavel, de janeiro a maio deste ano, sofreu queda histórica de 14%, baixando de quase US$ 171 milhões para pouco menos de US$ 146,4 milhões, ou seja, quase US$ 25 milhões a menos em transações comerciais, o que em reais representaria cerca de R$ 87,5 milhões. Os dados são do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

A principal retração diz respeito às exportações da carne de frango, que baixaram de US$ 70,4 milhões (janeiro a maio de 2015) para quase US$ 57,9 milhões (janeiro a maio de 2016).

Para a economista Regina Martins, uma das explicações pode estar no momento mais crítico e de cautela vivido por um dos frigoríficos da cidade que enfrentou, entre outras situações, um desabastecimento de milho para produção de ração. “Situações como estas sempre interferem na produção e, consequentemente, nas exportações”, comenta.

A empresa anunciou nesta semana que seus colaboradores ficarão, por 90 dias, em cursos e reciclagens recebendo quase todo o salário – cerca de 80% – sendo parte custeada com recursos do governo Federal, do programa Bolsa Qualificação, e o restante bancado pela própria empresa. Extraoficialmente se fala que a indústria foi vendida e que a sua compradora pediu três meses para adequar novos alojamentos de pintainhos com seus integrados.

IMPORTAÇÕES

Já as importações não obedeceram esta mesma tendência. Na média, com o dólar mais caro nos primeiros cinco meses deste ano do que no mesmo período do ano passado, nem comprando em menor volume foi possível reduzir os gastos. As aquisições cascavelenses feitas com outros países cresceram 10% no período, saindo de US$ 55 milhões no ano passado (janeiro a maio) e superando os US$ 60,5 milhões em 2016. Com importações em alta e exportações em queda, o saldo da balança comercial de Cascavel neste ano não poderia ser diferente: queda de 26%, baixando de quase US$ 115,9 milhões para US$ 85,8 milhões. “A tendência é para que estes números mudem no segundo semestre deste ano, já que parte do milho a ser colhido na safrinha seja exportada e, com o grão bem cotado, isso deverá interferir nos dados da balança”, segue a economista.