O governo norte-americano lançou nesta quinta-feira uma nova reclamação na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra subsídios chineses ao alumínio, acusando a China de expandir a participação no mercado global por meio de empréstimos estatais diretos de baixo custo e energia subsidiada.
A queixa, que busca explicações de Pequim sobre o assunto, provavelmente vai adicionar tensão a relações comerciais já abaladas entre as duas maiores economias do mundo, uma vez que o presidente eleito, Donald Trump, se prepara para assumir a Casa Branca na próxima semana com promessa de colocar como principal prioridade a redução do déficit comercial norte-americano com a China. China na OMC
O Departamento de Comércio dos EUA afirmou que as ações da China sobre o setor alumínio violam regras da OMC que proíbem subsidíos que causam “sério prejuízo” a outros membros da organização.
“A China dá a sua indústria de alumínio uma vantagem injusta por meio de empréstimos baratos e outros subsídios governamentais ilegais”, disse o presidente norte-americano, Barack Obama, em comunicado que acompanhou o anúncio da queixa.
O departamento afirma que a capacidade de produção de alumínio primário da China mais que quadruplicou entre 2007 e 2015, enquanto os preços globais caíram cerca de 46%. A China, atualmente, produz mais da metade do alumínio do mundo.
Ao mesmo tempo, a produção norte-americana de alumínio caiu 37%, apesar do aumento do consumo interno. Nove das 14 produtoras de alumínio dos Estados Unidos suspenderam a produção desde 2011 e apenas uma está operando à plena capacidade, afirmou o departamento de comércio do país.