Tempo seco aumenta incidência de doenças respiratórias e queimadas
Cascavel – Há mais de um mês não chove de forma significativa na região de Cascavel. A estiagem, associada à secura e ao frio, coloca em risco a saúde e abre portas para as doenças respiratórias. O cenário também aumenta os casos de incêndios ambientais, que, além do risco de acidentes, complica ainda mais o ar que entra nos pulmões. Como consequência disso, consultórios lotados, principalmente os pediátricos.
O aconselhamento feito por especialistas é para a ingestão de muito líquido. A regra é manter a hidratação e os ambientes ventilados, evitando a proliferação de doenças, como a gripe.
Segundo o meteorologista Reinaldo Kneib, do Instituto Tecnológico Simepar, este período de secura é normal para esta época do ano e deverá se manter, ao menos pelos próximos cinco dias. A notícia não é muito boa para quem depende da chuva para irrigar plantações.
No campo, as estradas já rachadas escancaram a falta de água e os produtores esperam pela chuva para o bom desenvolvimento das lavouras, principalmente verduras e legumes. Quem agradece a baixa umidade é o trigo, que se desenvolve bem. “No inverno é normal duas ou três frentes frias que trazem um pouco de chuva, mas geralmente nada muito significativo. Por isso este tempo seco é muito comum nesta época do ano”, reconhece.
MAIS FRIO
A média de temperatura mínima está abaixo do registro histórico. Para o mês de junho, por exemplo, a mínima histórica é de 12,1ºC, mas neste ano ficou em 11,5ºC. Neste início de julho, a média para a temperatura mínima dos últimos anos chegou a 11,5ºC, mas agora está em 9,4ºC em Cascavel.
A baixa umidade do ar chama a atenção. Nesta semana houve registros de apenas 30% de umidade no meio da tarde, índice considerado crítico para a saúde humana. O mínimo preconizado pela Organização Mundial da Saúde é de 60%.
Nos próximos dias o frio mais intenso deverá dar uma trégua. As temperaturas mínimas e máximas variam de 11ºC a 22ºC até o domingo. Mas sem previsão de chuva.