Toledo – O vice-presidente da Caciopar para Assuntos do Jovem Empreendedor, Michel Becker, viveu há poucos dias uma experiência da qual não esquecerá tão cedo. Ele aceitou prontamente o convite do presidente da AJE (Associação de Jovens Empresários de Fortaleza, Ceará), Thiago Nogueira Pinho, para integrar uma comitiva e conhecer alguns dos fundamentos que fazem da Coreia do Sul um dos países com alguns dos melhores índices sociais e econômicos do mundo.
Jovem promessa do associativismo empresarial do Oeste, Michel é de Toledo e começou a se envolver com os assuntos da cooperação muito cedo. Já no fim da adolescência a família percebeu que ele levava jeito para os negócios e, aos poucos, passou a assumir compromissos e responsabilidades cada vez maiores. Na viagem à Coreia, ele aproveitou para ampliar a sua rede de contatos e, além de ouvir e aprender, para informar os colegas sobre os principais potenciais e bandeiras de uma das regiões que mais produzem e crescem no Brasil.
O objetivo da missão foi alcançado depois de uma breve escala em Dubai, a maior cidade dos Emirados Árabes. A finalidade da visita era conhecer processos de produção de empresas de ponta em suas áreas de atuação. O roteiro incluiu visitar a Dongkuk e a Posco, terceira e primeira maiores produtoras de aço do país. Respeitada nas áreas automobilística e de eletroeletrônicos, a Coreia do Sul tem presença marcante na área siderúrgica. E o Brasil é um dos principais fornecedores de minério de ferro de algumas dessas grandes companhias.
Os jovens empresários ficaram impressionados ao conhecer Songdo, uma concentração urbana alicerçada nos fundamentos das smart-cities. Criada em 2008, ela foi projetada para se integrar às mais diversas expectativas ambientais e sustentáveis da atualidade e também do futuro. Mesmo já como o maior projeto urbano do mundo, conforme Michel, a cidade ainda está em processo de estruturação. Outra parada empolgante do grupo de jovens empresários brasileiros foi na Hyundai, uma das fabricantes de automóveis em maior expansão no mundo.
Gigante da indústria
A planta da Hyundai que os brasileiros conheceram ocupa uma estrutura gigante e sofisticada. A produção anual alcança as 330 mil unidades, ou 1,1 mil veículos por dia. São dez linhas de montagem automatizadas. O roteiro incluiu ainda visita a um dos mais tradicionais e antigos bancos do país asiático, que possui 900 agências e 14,5 mil funcionários. A engenhosidade, a qualidade e o índice de produtividade das empresas conhecidas chamou a atenção dos jovens empresários, principalmente pelo fato de a Coreia do Sul ter sido duramente castigada em conflitos bélicos há poucas décadas.
Há menos de três décadas, a renda per capita de um trabalhador sul-coreano e de um brasileiro correspondiam a 25% do que era pago a outro que exercesse função similar nos Estados Unidos. Hoje, a renda do brasileiro é de apenas 19%, enquanto que a do sul-coreano já chega a 75% do seu colega que mora e trabalha nos Estados Unidos. Embora um país pequeno e com apenas 50 milhões de habitantes, lembra Michel Becker, o PIB da Coreia do Sul é praticamente o mesmo do brasileiro. Lá é de US$ 1,4 trilhão, enquanto que aqui foi de US$ 1,5 trilhão no ano passado.
Representação
Michel Fernando Becker foi convidado pelo presidente da Confederação Nacional dos Jovens Empresários, Fernando Fagundes Milagre, para assumir o cargo de Coordenador de Relações Internacionais da Conaje. Michel representa a Acit de Toledo e a Caciopar. Na imagem, Michel (dir.) com o presidente da Faciap Jovem, Marcelo Quelho Filho.