Cotidiano

Empreendedor embarca em viagens sustentáveis

Wagner Matheus - Eco At Rio.jpgO turismo sustentável é uma modalidade que está cada vez mais em alta. Ecoturismo, como também é chamado, é fazer uma viagem que seja sustentável em diversos fatores. Desde um hotel localizado em uma reserva florestal, passando por um restaurante que serve comida orgânica, até passeios em parques preservados.

Wagner Matheus, de 55 anos, observou a demanda por esse tipo de turismo, principalmente por estrangeiros, e decidiu abrir o Eco At Rio, no final de 2016. O empreendedor é formado em jornalismo, morou nos Estados Unidos e na Europa por 20 anos e, em 2000, abriu uma assessoria de imprensa no Rio, na qual é o diretor até hoje.

Na própria pele

Na metade do ano passado, ele viajou ao Jalapão, no Tocantins, e passou por maus bocados. Foi nesse momento que percebeu as dificuldades enfrentadas pelos estrangeiros que vêm ao Brasil a turismo.

Matheus começou a criar uma plataforma que unisse sugestões de guias, hotéis e passeios ecologicamente corretos e de luxo no Rio.

? Investi R$ 5 mil no site e comecei a procurar guias e estabelecimentos para se tornarem parceiros ? conta o empresário.

O site entrou no ar em dezembro de 2016, mas desde setembro Matheus já faz o trabalho de curadoria para os turistas estrangeiros. Hoje, apenas quatro meses depois do lançamento, a Eco At Rio fatura, em média, R$ 20 mil por mês.

O sistema é bem simples. Quem estiver interessado em ecoturismo no Rio se cadastra no site e solicita um roteiro. Só o roteiro, com todas as sugestões de hotéis, mobilidade e passeios, sai por US$ 100. Se a pessoa quiser contratar um guia para buscá-los onde for e fazer toda a rota com ela, a Eco At Rio cobra R$ 400 por hora, sendo que 30% ficam para a empresa e os outros 70% para o profissional.

Segundo Matheus, as agências tradicionais cobram valores muito mais altos.

? Eu quis investir no setor de luxo porque é inexplorado. A pessoa que tem alto poder aquisitivo não quer o trabalho de uma agência comum. Não existia um modelo desse no mercado ? afirma ele.

No caso dos estabelecimentos parceiros, a conta é um pouco diferente. O site não faz reserva de hotel, nem de agendamento de passeios ? apenas sugestões. No entanto, se o turista acata a sugestão do roteiro e faz a reserva em um hotel parceiro, por exemplo, a empresa ganha um percentual em cima do valor pago. Esse percentual é definido pelo próprio estabelecimento ao firmar o acordo com o Eco At Rio.

A Eco At Rio também tem outro sócio. É o alemão Kosma Piotrowski, que é casado com uma brasileira. Embora não tenha fundado a empresa, é quem administra o negócio atualmente. Para 2017, os sócios pretendem dobrar o faturamento mensal.