RIO – Em uma nova exposição no Museu Pushkin de Belas Artes, em Moscou, quadros clássicos de pintores como Botticelli, Pablo Picasso e Henri Russeau, estão ao alcance de todos. Mesmo que não consigam enxergar.
Aberta no último dia 13 e em cartaz até 15 de fevereiro de 2017, a mostra “Making the invisible visible” (“Tornando o invisível visível”) apresenta seis cópias adaptadas para cegos de grandes pinturas. Uma nova tecnologia possibilita imprimir relevo nas pinturas, que passam a ser táteis. É a primeira exposição do tipo na capital da Rússia.
“São fotografias das pinturas que passam por tratamentos especiais. Nós selecionamos texturas, e trabalhamos com as particularidades da imagem que façam com que tanto cegos quanto pessoas com baixa visão possam entender do que se trata”, explicou, por nota, o departamento de comunicação do museu.
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São seis obras: “Anunciação”, de Sandro Botticelli, “Cavalo atacado por jaguar”, de Henri Russeau, “Velho judeu com um menino”, de Pablo Picasso, “Madona e criança”, de Lucas Cranach, o Velho, “Natureza morta com os atributos das artes”, de Jean-Baptiste-Simeon Chardin e “Você é ciumento?”, de Paul Gauguin. Os originais fazem parte também do acervo do museu.
A técnica de relevo permite, por exemplo, distinguir as diferenças das folhagens na tela de Rousseau, ou os traços dos rostos pintados por Picasso ainda em sua “fase azul”.
Óculos especiais, que bloqueiam totalmente a luz, também estão disponíveis na entrada da sala para que visitantes sem restrições visuais possam experimentar a sensação de “enxergar” uma pintura com as pontas dos dedos.
A entrada para o prédio principal, onde está a exposição, custa 300 rublos (R$ 15,60). O Museu Pushkin fica na Ulitsa Volkhonka 12, Moscou. Mais informações em arts-museum.ru.
