Cotidiano

Em Manaus, detento usa Facebook para narrar fuga de presídio

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MANAUS ? Um dos fugitivos do sistema do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), unidade que fica ao lado do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), onde ocorreu a rebelião com 60 mortos, em Manaus, Brayan Bremer Quintelo Mota, tem usado as redes sociais para comemorar a fuga e compartilhar com os seguidores a rotina de um fugitivo. Massacre Manaus

Brayan, que é condenado por tráfico de drogas, postou há 19 horas um foto com o parceiro de fuga ainda não identificado comemorando com o texto ?Fulga da cadeia?.

Há aproximadamente 15 minutos Brayan voltou a postar no Facebook uma nova foto, dessa vez com outros quatro fugitivos. Na legenda da imagem o presidiário escreveu ?Deu jaca?. Na foto é possível ver que ele e os demais detentos estão comendo a fruta citada na legenda. A publicação que mostra ele e outros quatro detentos foi apagada minutos antes.

A primeira publicação permanece na página de Brayan e já alcançou 14 mil reações no Facebook?. A foto tem, ainda, nove mil comentários e seis mil compartilhamentos.

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APOIO AO MOTIM

Ao menos 87 detentos fugiram do Ipat antes do início da rebelião na tarde de domingo. Os números são da Secretaria estadual de Segurança Pública (SSP-AM). Até a manhã desta segunda-feira o comitê de crise ainda não havia fechado o número de fugitivos do Compaj.

Os foragidos do regime semiaberto, segundo titular da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Pedro Florêncio, deram apoio a rebelião antes da fuga.

? Eles deram apoio e repassaram as armas por um buraco na muralha que divide as unidades do semiaberto e do fechado. A fuga pode ter sido arquitetada para desviar o efetivo da polícia para o Ipat e dar aos presos do regime fechado espaço para iniciar a rebelião ? explicou.

Ao menos 30 presos, segundo estimativa inicial da SSP-AM, já foram recapturados até a manhã de hoje. A estratégia da Secretaria de Segurança Pública é montar barreiras nas rodovias AM 010 e BR 174.

? Temos um plano para isso. O comitê prevê vários estágios de crise. Nós atingimos o primeiro estágio ontem. A nossa estratégia é de inteligência esta toda voltada para localizar os foragidos com barreiras móveis para interceptar e não deixar que eles se movimentem ? explicou Fontes.