Cotidiano

Em 9 anos, Oeste teve 210 casos de leishmaniose

Foz – Um paciente que estava internado no Hospital Municipal de Foz do Iguaçu morreu na madrugada de ontem (10), em decorrência do agravamento do caso de leishmaniose visceral, confirmado no início da semana. Conforme o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), o homem, de 40 anos, era morador de rua e apresentou sintomas da doença já na sua forma mais grave. Esse é o segundo óbito registrado na fronteira. O primeiro vitimou um idoso, ainda em 2015.

A leishmaniose, doença transmitida pelo parasita Leishmania, está presente hoje em todo o País. Sua transmissão ocorre por meio do mosquito-palha, portador do vírus. Na região, foram confirmados oito casos de leishmaniose visceral. Na 10ª Regional de Saúde de Cascavel, duas confirmações de casos importados foram registradas em 2010 e 2015, conforme o chefe da Vigilância Epidemiológica, Daniel Loss. Entre os municípios da 20ª Regional de Saúde de Toledo, nenhum caso de LV foi registrado, apenas do tipo tegumentar.

A 9ª Regional de Foz do Iguaçu, no entanto, lidera em relação ao número de confirmações. Os primeiros registros da doença ocorreram em 2015, em Foz. Somente no município já são cinco casos, além de outra confirmação em Medianeira, também no ano passado. As duas mortes registradas em Foz do Iguaçu foram as únicas da região neste período.

A leishmaniose visceral provoca dores no corpo, cefaleia, febre, e tem como principal característica o inchaço do fígado e baço. Os primeiros sinais aparecem após dois meses de incubação do vírus.

Tegumentar

Outro tipo de leishmaniose diagnosticada na região é o tegumentar. Ela é primariamente uma infecção zoonótica, que afeta animais domésticos ou selvagens, se desenvolvendo secundariamente em humanos.

No Oeste, a leishmaniose tegumentar já afetou 202 pessoas desde 2007, conforme dados do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação).  A doença, no entanto, não causou nenhum óbito no período.

A doença cutânea, como também é classificada, evolui para úlceras, que podem ser únicas ou múltiplas, mas indolores. Conforme o chefe da Vigilância Epidemiológica da 20ª RS de Toledo, Marcos Cardoso, a leishmaniose tegumentar também pode se manifestar como placas verrucosas, papulosas, nodulares, localizadas ou difusas. “A forma mucosa, secundária ou não à cutânea, caracteriza-se por infiltração, ulceração e destruição dos tecidos da cavidade nasal, faringe ou laringe”, explica.

Medidas preventivas

A melhor maneira de se proteger dos dois tipos da doença é usar repelentes, mosquiteiros de malha fina, telas em portas e janelas e evitar a exposição em horários de atividade do vetor, geralmente no anoitecer. Além disso, manter quintais e terrenos limpos, bem como os abrigos de animais domésticos.

O que é leishmaniose?

A leishmaniose é caracterizada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma das seis doenças infecciosas que necessitam de atenção no planeta. Estima-se que, por ano, dois milhões de pessoas sejam acometidas pelo problema. Os primeiros sintomas no animal são crescimento exagerado das unhas, perda de pelo, descamação da pele, emagrecimento, atrofia muscular, sangramento nasal, entre outros, que podem aparecer em semanas, meses e até anos. Se não for tratada, a leishmaniose visceral pode levar à morte.

Oeste tem 52 mortes por gripe

Três Barras – Desde janeiro, a região confirmou 52 óbitos por gripe, 47 deles por causa do vírus H1N1. Além disso, foram confirmados 132 casos da doença – 114 deles de H1N1. De acordo com o informe epidemiológico da Vigilância da Influenza, monitorado pela Secretaria Estadual da Saúde, o município de Foz do Iguaçu detém o maior número de óbitos, com 25 mortes, o que representa 11,3% do total estadual. No Oeste, outras 14 cidades registraram óbitos em decorrência da Influenza, especialmente o H1N1. Entre elas estão Cascavel (12), Quatro Pontes (2), Toledo (2), Espigão Alto do Iguaçu (1), Nova Aurora (1), Três Barras do Paraná (1), Missal (1), Medianeira (1), Guaíra (1), Marechal Cândido Rondon (1), Maripá (1), Palotina (1), Quedas do Iguaçu (1) e Santa Helena (1).

No Paraná, os casos de gripe por Influenza chegaram a 1,1 mil confirmações, 1.020 de H1N1. Em relação aos óbitos, 222 foram confirmados pela Sesa de janeiro a agosto deste ano. Do total, 200 ocorreram pelo vírus H1N1.