BRASÍLIA -Anderson Dornelles, ex-assessor especial da ex-presidente Dilma Rousseff, divulgou nesta quinta-feira uma nota negando que tenha participado de qualquer reunião na Odebrecht e que tenha pedido ou recebido recursos da empreiteira. Ele consta da lista de Janot, segundo divulgado ontem no “Jornal Nacional”. Braço-direito de Dilma, Anderson trabalhou com a petista por mais de 20 anos e mantinha com ela uma relação quase filial. Carinhosamente, ela o chamava de “menino”.
Na nota, Dornelles diz achar “bom e necessário que as acusações contra minha pessoa se tornem públicas pois terei a oportunidade de esclarecer que nunca estive em reunião na sede da Odebrecht, nunca solicitei ou recebi qualquer ajuda financeira, nem tão pouco autorizei terceiro que o fizesse em meu nome.
No início do ano passado, após começar a circular a informação de que ele tinha sociedade em um bar dentro do estádio Beira-Rio – obra ligada à Odebrecht – Dilma o demitiu e cortou vínculos com ele, recusando-se inclusive a ir ao casamento do ex-auxiliar. Anderson começou a trabalhar com Dilma quando tinha apenas 13 anos, como office boy da Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul.
Ainda na nota, Dornelles afirma que nunca foi responsável por cuidar da agenda da ex-presidente.
Abaixo, a íntegra da nota:
“A respeito das informações divulgadas pela imprensa que meu nome consta na lista do Procurador Janot, informo que acho bom e necessário que as acusações contra minha pessoa se tornem públicas pois terei a oportunidade de esclarecer que nunca estive em reunião na sede da Odebrecht, nunca solicitei ou recebi qualquer ajuda financeira, nem tão pouco autorizei terceiro que o fizesse em meu nome. Informo também que, em minhas funções nunca fui responsável pela agenda da ex Presidente da República Dilma Rousseff. Atenciosamente, Anderson Dorneles”