Cotidiano

Egito condena dois jornalistas e outros quatro à morte por espionagem

CAIRO — Um tribunal egípcio condenou neste sábado seis pessoas à morte pelo vazamento de documentos relacionados à segurança nacional ao Qatar — incluindo dois funcionários da TV Al-Jazeera, emissora que também teria recebido as informações. No mesmo caso, o ex-presidente do Egito Mohammed Morsi foi mais uma vez sentenciado à prisão perpétua. O ex-líder islâmico, que foi tirado do poder em julho de 2013, já enfrenta uma condenação à pena de morte em outro caso.

Os funcionários da TV com base em Doha foram identificados como o produtor Alaa Omar Mohammed e o editor Ibrahim Mohammed Hilal. Os condenados poderão apelar dos vereditos deste sábado.

Eles foram condenados à revelia, junto com Asmaa al-Khateib, que trabalhava para uma rede de veículos de comunicação suspeita de conexões com a Irmandade Muçulmana de Morsi.

Após Morsi ter sido expulso do poder, a Irmandade Muçulmana foi proibida e declarada um grupo terrorista.

Há um ano, uma corte egípcia confirmou a sentença de morte para Mursi por fugir da prisão e comandar ataques em 2011. Em outra decisão, o mesmo tribunal condenou Mursi à prisão perpétua por conspirar a favor do movimento palestino Hamas, do grupo libanês Hezbollah e do Irã.