Curitiba – Quatro anos após a suspeita de ocorrência da doença da vaca louca em um bovino no município de Sertanópolis, no Norte do Paraná, o laboratório de referência da Organização Mundial da Saúde Animal, em Weybridge, no Reino Unido, emitiu laudo confirmando, mais uma vez, que houve uma manifestação atípica da doença.
A emissão do laudo ocorreu em 21 de novembro passado, após realização de ensaios in vivo com camundongos e testes moleculares complementares. O laudo mantém o Brasil com status de risco insignificante para a doença junto ao órgão internacional, que é o status de maior segurança.
De acordo com o laudo, o serviço veterinário oficial do Paraná, representado pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), autarquia vinculada à Secretaria da Agricultura e Abastecimento, cumpriu rigorosamente o que é preconizado no Código Sanitário para Animais Terrestres da OIE, quanto às ações de vigilância para a doença da vaca louca – encefalopatia espongiforme bovina.
Foi seguido todo o protocolo para doenças com síndrome nervosa e conseguimos chegar nesse diagnóstico, comprovado pelo laboratório inglês, afirma o diretor -presidente da Adapar, médico veterinário Inácio Kroetz. Com isso, a Adapar saiu fortalecida e com credibilidade perante a OIE, acrescentou Kroetz.
Os estudos realizados na Inglaterra mostram que a chance de ocorrência da doença na forma atípica, como foi verificada no Paraná, é de 0,35 casos por um milhão de bovinos testados. Portanto, o fato de o Paraná ter sido capaz de detectar a ocorrência da doença nessa forma, comprova a lisura e a sensibilidade da vigilância sanitária para a doença.