RIO ? O diretor de “O apartamento”, Asghar Farhadi (que venceu uma estatueta em 2012, por “A separação”) já havia anunciado que não compareceria à cerimônia do Oscar este ano como protesto à tentativa de Trump de impedir a entrada de muçulmanos. Em seu lugar, Anousha Ansari recebeu o prêmio e leu seu discurso.
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“É uma grande honra receber esse prêmio pela segunda vez. Gostaria de agradecer à Academia, meus produtores, e os indicados nessa categoria comigo. Eu sinto muito, mas minha ausência é por respeito às pessoas do meu país e de outras seis nações que foram desrespeitadas pela lei que bloqueia a entrada de imigrantes nos Estados Unidos”, escreveu Farhadi. “Dividir o mundo entre nós e os inimigos gera medo e justifica agressão e guerra. Essas guerras impedem o desenvolvimento da democracia. Os cineastas podem usar suas câmeras para mostrar qualidades humanas, romper estereótipos e criar empatia. Nós precisamos hoje de empatia mais do que nunca.”
Farhadi e os outros quatro diretores da categoria anunciaram ontem que, não importa o vencedor, o prêmio será dedicado a ativistas, jornalistas, artistas e todos os que “trabalham para promover a unidade e a compreensão e defendem a liberdade de expressão e a dignidade humana ? valores cuja proteção é mais importante agora do que nunca”.