BRASÍLIA – A dívida pública federal encerrou fevereiro em R$ 3,13 trilhões. O número representa um aumento de 2,66% em relação ao mês anterior, quando o estoque era de R$ 3,05 trilhões. A expectativa é que a dívida continue a avançar ao longo do ano e encerre 2017 em um intervalo entre R$ 3,45 trilhões e R$ 3,65 trilhões, um crescimento de 17% em relação à 2016.
A alta do estoque foi puxado por um aumento de 2,80% na dívida interna, causado por uma emissão líquida de R$ 58,27 bilhões e por uma apropriação positiva de juros de R$ 24 bilhões. Já a dívida externa teve uma redução de 0,76%.
A maior parte da dívida interna brasileira está nas mãos de fundos de previdência, que detêm 26,12% do total. Em seguida, quase equiparados, estão fundos de investimento (22,42%) e instituições financeiras (22,29%). A participação de investidores estrangeiros continua caindo, passou de 14,22% em janeiro para 13,66%.
A maioria do estoque é composta por títulos prefixados (vinculados a taxas pré-determinadas). Eles representam 34,15% do total. Em seguida, estão os títulos atrelados a índices de preços (inflação, 32,39%) e à taxa flutuante (Selic, 29,70%). Os títulos vinculados ao câmbio equivalem a 3,76% do todo.
O número de títulos que devem vencer nos próximos 12 meses caiu em relação a janeiro: foi 15,44% para 15,22%. O prazo médio da dívida teve redução de 4,68 anos em janeiro para 4,63 anos em fevereiro.
O custo médio do estoque da dívida diminuiu e foi de 11,57% ao ano em janeiro para 11,34% em fevereiro.