BRASÍLIA – Depois do freio dado pelo ministro Ricardo Lewandowski ao comportamento incendiário entre o presidente Renan Calheiros ( PMDB-AL) e Gleisi Hoffman (PT-PR), e de Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Lindbergh Faria (PT-RJ), a sessão do impeachment segue morna no plenário do Senado, marcada agora por discursos políticos dos aliados da presidente afastada Dilma Rousseff. Sem questionamentos de senadores da base ao consultor jurídico Geraldo Prado, os senadores petistas e a testemunha trocam impressões políticas sobre a ?injustiça? de cassar Dilma .
Agora a sessão foi suspensa por uma hora e retorna as 19 horas com mais 12 senadores inscritos para inquirir Geraldo Prado, e para testemunho da última testemunha de defesa de hoje, o ex-ministro da Fazenda, Nélson Barbosa.
Os discursos políticos levaram o ministro Lewandowski a discorrer sobre o objeto da acusação.
? Percebo que há um desconforto do professor Geraldo com o conteúdo teóricos das intervenções. Peço objetivar mais e se ater aos autos. Peço que tanto o senador Lindbergh quanto os demais, que mergulhemos um pouco mais no que dizem os autos ? pediu Lewandowski.
O pulso firme de Lewandowski para não deixar ocorrer novos confrontos no plenário, agradou .
? Ele não deixa mais não. Está usando o poder de polícia dele ? comentou a senadora Lúcia Vânia (PSB-GO)
Mas com a sessão sem maiores polêmicas , os petistas tentaram animar a audiência.
? Falei para a senadora Fátima Bezerra: incendeia aí porque está muito morno ? sugeriu o senador Paulo Rocha (PT-PA).
A senadora petista, em sua hora de inquirir a testemunha, carregou no discurso em defesa da ?presidenta inocenta?:
? Esse processo de impeachment nasceu de um ato de vingança de Eduardo Cunha, que segue rindo do povo brasileiro. Enquanto isso querem condenar uma presidente inocenta. Esses é um dos episódios mais sórdidos e repugnantes que já assistimos ? discursou Fátima Bezerra, reclamando do ?consórcio do golpe?.