Cotidiano

DEM E PT resistem votar nesta quarta-feira aumento dos ministros do STF

BRASÍLIA- Apesar do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ter convocado para a noite desta quarta-feira votações de medidas provisórias do governo Temer e o reajuste dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a proposta deverá enfrentar resistência tanto de partidos da base aliada, como o DEM e o PSDB, quanto da minoria. O presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN), não concordará com a votação do reajuste dos ministros do Supremo. O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), diz que não tem compromisso de votar hoje o reajuste e que a data prevista era o dia 8 de setembro.

? Está na pauta o reajuste e as MPs. Não temos compromisso de votar isso ( o reajuste) hoje. Não temos posição sobre o reajuste nem no partido, nem na bancada. Há senadores contrários ao aumento. E as MPs foram votadas ontem na Câmara, queremos cumprimento do acordo que o próprio Renan fez, de prazo de sete dias para a votação quando chega no Senado ? afirmou Humberto Costa.

? Não queremos sequer a votação da urgência do reajuste do Supremo. Podemos votar as MPs ? acrescentou Agripino.

Segundo interlocutores do PT, Humberto Costa concordou em assinar o requerimento para a votação, em regime de urgência, do reajuste do Supremo porque o aumento foi acertado ainda na gestão de Dilma Rousseff com o presidente do STF, Ricardo Lewandowski. Não há, no entanto, unanimidade sobre o aumento na bancada petista. O senador Lindbergh Farias (RJ) disse que é contrário à aprovação.

? Sou contra o aumento para o Supremo ? disse o senador petista.