WASHINGTON – O presidente americano, Donald Trump, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, mostraram uma afinidade grande em seu primeiro encontro, ocorrido na Casa Branca. Mas também houve espaço para divergências. Entenda melhor: Trump e Netanyahu
ASSENTAMENTOS: Trump, que já afirmara que a expansão de colônias judaicas não era benéfica para o processo de paz no Oriente Médio, indicou que gostaria que Israel freasse ?um pouquinho? a construção de novos assentamentos. Netanyahu não respondeu diretamente ao pedido, mas afirmou que as colônias não são o cerne do conflito na região.
DOIS ESTADOS: A solução biestatal foi defendida por presidentes americanos na maior parte dos últimos 50 anos. Trump não fez do projeto de dois Estados uma exigência, afirmando ser ?capaz de viver tanto com dois Estados como com apenas um?. O premier israelense apontou a necessidade de que o Estado judeu seja reconhecido, e a manutenção do controle de segurança na Cisjordânia por parte de Israel como pré-requisitos para a paz, e culpou os palestinos ? cuja sociedade descreveu como ?infectada pela crescente onda de fanatismo? ? pelos impasses no processo de paz no Oriente Médio.
EMBAIXADA: Questionado sobre seus planos de transferir a embaixada americana em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, Trump afirmou que adoraria caso a mudança se concretizasse, e disse que sua equipe está estudando o assunto com afinco. Netanyahu não se manifestou sobre o tema ontem, mas em diversas ocasiões não escondeu seu apoio a uma transferência da representação diplomática americana em Israel.
IRÃ: Trump destacou que já aplicou sanções contra Teerã, e voltou a criticar o acordo nuclear assinado na gestão de Barack Obama, afirmando que fará o possível para garantir que o Irã nunca desenvolva armas nucleares. O primeiro-ministro israelense louvou os esforços do novo presidente americano para frear as ambições nucleares iranianas, e destacou que trabalhará com Trump para combater o que chamou de ?grande ameaça iraniana?.
ANTISSEMITISMO: Na pergunta final da coletiva, Trump foi questionado sobre o aumento de manifestações antissemitas desde sua eleição. O presidente citou a relação com seu genro, Jared Kushner, sua filha, Ivanka (que se converteu ao judaísmo em 2009) e os três netos, antes de afirmar que fará o possível para deter o crescimento do racismo e atenuar as divisões que surgiram no país aós sua eleição. Trump foi descrito por Netanyahu como ?o maior apoiador do povo judeu e de seu Estado?.
Cinco controvérsias provocadas por Netanyahu desde a chegada de Trump