Cafelândia – A administração do prefeito Valdir Andrade, o Bugrão, decidiu cortar na carne para enfrentar um dos períodos mais duros da história principalmente dos pequenos municípios brasileiros. Depois de inúmeras reuniões, as medidas de contenção começam a ser anunciadas. Uma delas são cortes nos salários do prefeito, vice e secretários.
O tamanho do problema pode ser medido por um número: de 2008 a 2014, somente em desonerações de impostos baixadas pelo governo federal, Cafelândia deixou de receber mais de R$ 18,4 milhões. Somente nos últimos dois anos, o corte chega a R$ 6,8 milhões.
Além disso, os restos a pagar correspondentes às despesas que foram empenhadas e que o município tem direito somam R$ 1,7 milhão. Em relação aos royalties do petróleo, que deveriam render R$ 1,2 milhão, o município recebeu apenas R$ 330 mil. Somente neste mês, a queda do FPM chegou a 38%.
Contenção
Dentro das medidas de contenção há redução de 10% nos vencimentos do prefeito, vice e secretários. Para o próximo mês deverá ser diminuída a função gratificada dos servidores. Os cortes afetam também contratações, horas-extras, redução nos consumos de água, luz, telefone, diárias, uso de veículos, além de férias, licenças prêmio, entre outros.
Além do índice de 51%, que é um limite de alerta em folha de pagamento, Cafelândia tem investido em torno de 26% em educação e 27% na saúde. Outros 6% da arrecadação são repassados para a Câmara, o que é equivalente a R$ 252 mil por mês. O acumulado de repasse já atinge a casa de R$ 1,7 milhão.