A vendedora Dulce de Almeida esperava a loja de calçados abrir antes das 9h de segunda-feira. O motivo: precisava comprar os presentes de Natal, mas, como também trabalha no comércio e os últimos dias foram exaustivos, com expediente até perto das 23h, teve de fazer suas compras na véspera da chegada do Bom Velhinho. “Minha mãe queria uma sandália e meu sobrinho um tênis. O bom é que vou encontrar tudo no mesmo lugar”, brincou.
O movimento no comércio varejista e nos supermercados ontem foi típico de uma data que antecede o principal momento para as comercializações. Nos supermercados de Cascavel, por exemplo, o movimento, que foi intenso no fim de semana, amanheceu intenso ontem também. “Mas, como muita gente não sabia que abriria às 8h, ele [o movimento] começou a se intensificar a partir das 9h”, conta o gerente de uma das principais lojas da cidade Dario Pereira.
Com vendas 5% maiores que no Natal passado, na loja que Dario gerencia havia no início da manhã de segunda-feira apenas 20 cestas natalinas ainda, que se acabaram nas horas seguintes, a exemplo das aves especiais para a ceia. “O movimento foi muito intenso e com loja cheia todos os dias. A procura por esses produtos foi grande e as pessoas estão levando desde o arroz para a ceia até aves, bebidas”, listou.
Os mercados permaneceram abertos ontem até as 20h. E, neste dia 25, dia de Natal, as portas ficam fechadas, a exemplo do comércio varejista que atendeu até mais tarde quase todos os dias de dezembro.
Segundo o presidente do Sindilojas (Sindicato dos Lojistas e do Comercio Varejista de Cascavel e região Oeste do Paraná), Leopoldo Furlan, a expectativa é de vendas até 10% superiores que as registradas no Natal do ano passado. Se o percentual se confirmar, a data para o comércio de Cascavel pode ter se consagrado como o melhor dos últimos sete anos.
Troca-troca
E, nesta quarta-feira (26), é o dia nacional do troca-troca. Aquele presentinho de amigo secreto que não caiu bem, ou o presente que o maridão não acertou o número, fazem com que as lojas tenham intenso movimento pós-Natal. São pessoas que correm trocar os presentes para poder aproveitá-los o quanto antes.
O comércio não é obrigado a trocar mercadorias sem defeitos, mas essa acaba sendo uma oportunidade para incentivar o consumidor a levar algo mais e, com isso, dar aquela incrementada no salário de janeiro.