Por unanimidade de votos, os vereadores de Cascavel aprovaram na manhã de ontem os projetos que concedem reajuste de 4,25% aos servidores públicos municipais, tanto do Executivo quanto do Legislativo. As duas propostas devem passar hoje em redação final, beneficiando pouco mais de oito mil funcionários da Prefeitura e 170 da Câmara.
O vereador Paulo Porto, presidente da Comissão de Educação do Legislativo, teceu duras críticas à administração passada, alegando que para uma cidade do tamanho de Cascavel era inadmissível os professores não receberem o piso nacional. “Trata-se de uma herança maldita do governo anterior, que concedeu apenas um abono, não caracterizando um percentual do salário”, comentou.
O vereador Serginho Ribeiro, recorreu aos números para falar dos investimentos feitos na educação nos últimos anos. Segundo ele, em 2016 o governo municipal destinou R$ 191 milhões para o setor e para este ano a previsão é de R$ 243 milhões. “Como um recurso desse, como pode as escolas estarem enfrentando problemas estruturais e muitas delas sem manutenção há mais de uma década?”, questionou.
Para cumprir o piso nacional seria necessário um reajuste adicional de aproximadamente 9%. Para minimizar o problema, o prefeito Leonaldo Paranhos assumiu o compromisso de dar novos reajustes em julho e setembro e abrir uma negociação em outubro para tentar atingir o piso até o fim da gestão.
De acordo com a justificativa da prefeitura, o reajuste que está sendo concedido agora é o máximo permitido dentro do quadro econômico-financeiro do município para não ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Cesta básica
Os vereadores também aprovaram o reajuste da cesta básica concedida aos servidores com renda de até R$ 2 mil mensais. O valor passará de R$ 179,82 para R$ 200.