O combate à criminalidade vai ganhar um reforço de ponta em Cascavel. Trata-se da Muralha Digital, um sistema de videomonitoramento de alta tecnologia, que vai possibilitar a integração das forças de segurança que atuam no município.
A ferramenta de inteligência, que conta com tecnologia com capacidade de leitura de placas de veículos e até leitura facial, foi apresentada no 1º Fórum Regional de Segurança Estratégica, que aconteceu nesta sexta-feira, 13, na Prefeitura de Cascavel, e reuniu autoridades de diversos setores da região Oeste.
Segundo o prefeito Leonaldo Paranhos, o Município não pode se acomodar e dizer que segurança pública é uma responsabilidade do Estado, por isso, Cascavel saiu na frente mais uma vez e reforçou os investimentos no setor, o que acontece desde 2017, quando foi criada a Guarda Municipal. “A tecnologia hoje é indispensável na segurança pública. Temos percebido uma onda muito grande de violência. Cascavel é uma cidade estratégica, de entroncamento, por aqui passa a produção agrícola, o PIB, mas também passa o narcotráfico e pessoas ligadas ao crime. O Município precisa proporcionar às forças de seguranças as ferramentas necessárias para combater e para ter inteligência para enfrentar esse tão organizado crime que existe nas cidades do Brasil”, frisa o chefe do Executivo.
A Muralha Digital terá mais de 300 câmeras e as 90 dos radares à disposição de polícias, guardas e da Transitar em tempo real. Inclusive, a sede desse sistema de videomonitoramento será no órgão de trânsito. “Entendemos que isso vai trazer um ganho para a segurança pública, com redução de criminalidade em Cascavel. É um benefício para todos os órgãos e é um apoio no controle de tecnologias da segurança pública”, pontua a presidente da Transitar, Simoni Soares. O projeto já está em fase de conclusão.
O diretor de Tecnologia e Desenvolvimento do Departamento de Trânsito do Paraná, Guilherme Rangel, palestrou durante o fórum sobre essas inovações, que já foram implantadas em Curitiba, numa grande integração de dados entra câmeras públicas, privadas e os radares. “Temos uma inteligência embutida nessas câmeras em análises um pouco mais profundas. As câmeras, os softwares de análise, têm procedimento de aprendizado, eles identificam uma invasão, um roubo de objetos, então, já não precisa uma pessoa por câmera. Ela vai comunicar uma conduta fora do parâmetro aí sim vai entrar a ação humana. A câmera tem essa capacidade de discernimento”, explica.
Para o secretário de Segurança Pública e Proteção à Comunidade, Pedro Fernandes, o maior ganho é poder proporcionar uma cidade mais segura aos cidadãos de cascavel. “A segurança aliada com a tecnologia é fundamental. Temos que aproveitar essas ferramentas que estão à nossa disposição. O cidadão tem que se sentir seguro”, conclui.
Secom