RIO Fundada há 24 anos pelo ator e diretor Paulo Betti, entre outros, a Casa da Gávea foi despejada ontem, conforme noticiou o blog da coluna Gente Boa. A decisão, em última instância, é da 16ª Câmara Cível do Rio, em resposta a recurso impetrado pelo centro cultural contra a ação de despejo que vinha sendo movida pelo proprietário do imóvel.
À decisão não cabe mais recurso, e o despejo deve ser imediato. Procurada ontem pelo GLOBO, a administradora Bia Falbo disse que estava sob o impacto da notícia:
A decisão saiu às 18h (de terça-feira). Ainda aguardamos contato com o proprietário.
Bia informou que a Casa da Gávea tem atividades marcadas até o dia 31 de julho e que vai procurar honrá-las. Ela também contou que entrou em contato com a prefeitura para tentar alguma alternativa para a questão.
O contrato de aluguel da Casa da Gávea venceu em 31 de julho de 2015. Ao tentar renová-lo, a administração do espaço foi surpreendida com uma ordem de despejo. Na ocasião, as despesas mensais com aluguel e salários dos funcionários passaram a ser pagas pelo empresário Antonio Rodrigues, dono da rede de bares Belmonte, que firmou uma parceria com a Casa da Gávea. A parceria, no entanto, acabou em maio.
Os funcionários do espaço estavam de aviso-prévio desde o início deste mês. A administração da Casa da Gávea, que promove aulas, debates, exibição de filmes, encenações de espetáculos teatrais, exposições e shows musicais, ainda tentava reverter o problema da falta de verbas para manter o espaço.