Cotidiano

Casa Branca tenta acalmar Reino Unido após sugerir que britânicos grampearam Trump

US-POLITICS-DAILY BRIEFING

WASHINGTON ? A Casa Branca tentou acalmar o Reino Unido depois de sugerir que o ex-presidente americano Barack Obama usou a agência de Inteligência de Londres para secretamente grampear o atual presidente dos EUA, Donald Trump, durante a campanha eleitoral no ano passado. Um porta-voz da primeira-ministra britânica, Theresa May, disse nesta sexta-feira ter recebido garantias da Casa Branca de que essas alegações não se repetiriam. Porém, não confirmou que a Casa Branca se desculpou pela história.Grampo Trump

Sean Spicer, porta-voz da Casa Branca, contatou Kim Darroch, embaixador britânico em Washington, na quinta-feira à noite para tentar lidar com a incomum ruptura entre os EUA e seu mais próximo aliado internacional. O problema começou quando Spicer, na tentativa de defender a acusação não comprovada que Obama ordenou grampos no telefone de Trump no ano passado, soube na Casa Branca que um comentarista da “Fox News” afirmou que a agência de espionagem britânica estava envolvida. Andrew Napolitano, o comentarista, disse no ar que Obama usou a agência de Inteligência britânica, conhecida como GCHQ, para espionar Trump.

A GCHQ rapidamente negou, em uma rara declaração emitida pela agência na quinta-feira, chamando as acusações de ?absurdas? e ?totalmente ridículas?. Políticos britânicos se sentiram ultrajados e pediram por desculpas e retratações do governo americano.

Trump havia acusado Obama de ter ordenado um grampo em suas comunicações e depois seu porta-voz, Sean Spicer, repetiu uma informação da imprensa de que o ex-presidente teria confiado a tarefa aos britânicos para driblar as restrições legais americanas.

Os comitês de inteligência da Câmara e do Senado americano examinaram a denúncia de Trump e concluíram que nenhuma evidência se sustentava.