RIO – A poucas horas da eleição, o comando da campanha de Jandira Feghali (PCdoB) procura aliados para reforçar sua eventual disputa no segundo turno contra Marcelo Crivella (PRB). O discurso oficial é que as conversas só serão iniciadas após a divulgação do resultado do pleito, mas a coligação de petistas e comunistas já ensaiam uma aproximação com o PMDB de Pedro Paulo.
Jandira conta com os esquerdistas Alessandro Molon (Rede) e Marcelo Freixo (PSOL), com quem estabeleceu, ainda em maio, um pacto de não-agressão e apoio mútuo no segundo turno.
? Minha opinião é que só não se procura o Bolsonaro (PSC) ? ressalta o presidente estadual do PT, Washington Quaquá. ? Temos que propor uma frente civilizatória. Vamos ser amplos no segundo turno. O Rio não merece ser governado por bispo Macedo e Garotinho ? acrescenta, referindo-se a aliados de Crivella.
Segundo Quaquá, o eleitor vota no segundo turno ?por exclusão?.
? No segundo ele vai optar contra o que ele não quer. Vamos dialogar direto com o eleitor de todos os candidatos que não foram, para mostrar que é Jandira ou a Idade Média ? avalia.
Presidente municipal do PCdoB, Carlos Lima considera que o segundo turno é um ?recomeço de jogo?, em que as legendas de esquerda devem procurar unidas novos aliados.
? Acredito que a esquerda, unida e afinada, deve procurar segmentos do centro ? explica. ? O PMDB tem uma tendência de centro. É um partido que oscila, faz aliança com os dois lados Se eles não forem para o segundo turno, não sei qual será o seu papel. Mas ainda é cedo para tomar qualquer iniciativa.
Perguntada sobre com que outros candidatos com quem poderia fazer coligações, além de Freixo e Molon, Jandira desconversa:
? Não sei ainda. Teria que pensar.