A conturbada história do novo sistema de transporte coletivo de Cascavel, que se tornou uma novela, possui mais um trágico capítulo para a população. O secretário de Obras Públicas, Jorge Lange, diz que uma empresa especializada em BRT (Bus Rapit Transit ou Trânsito Rápido por Ônibus) para nortear o projeto. Ainda há muitos detalhes para serem resolvidos para que os ônibus possam trafegar nos corredores exclusivos das avenidas Brasil, Barão do Rio Branco e Tancredo Neves.
Uma das preocupações é o alto custo dos investimentos em novos veículos. A preocupação se explica, já que o contrato com as empresas que exploram o serviço de transporte público expira em 2020. Dificilmente as empresas investiriam pesado na aquisição de novos ônibus sem a garantia de continuar à frente do serviço. “Temos que ver bem certo isso, o contrato com as empresas está acabando, e esses ônibus especiais custam mais que os que circulam hoje”, diz Lange.
Estações
Outra indefinição é que as novas estações, que nem foram usadas ainda, terão que passar por adaptações. “Elas precisam ser fechadas, com catraca dentro da estação. Do jeito que está é só um ponto maior, sem muita funcionalidade” afirma Lange. E para isso, novos investimentos deveram ser feitos, e mais gastos para o município.
O contrato de Cascavel com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que financia parte dos investimentos das obras do PDI (Plano de Desenvolvimento Integrado), chegará em dezembro de 2018. Segundo Lange, independente do fim do contrato, é quase certo que o sistema será para 2019, pois o banco também estava ciente de todos esses projetos. “Ele [BID] agora também terá que ser nosso parceiro, nós pegamos os projetos assim e agora precisamos consertar. O que queremos é o bem-estar da nossa população” cometa.
Terminais
Por mais que o sistema não funcione ainda em 2018, Jorge Lange já cogita a possibilidade da utilização dos terminais após a conclusão de todos e a Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito) deve fazer estudos para que as obras não fiquem paradas. “Vamos ver como a Cettrans vai utilizar esses terminais para não ficarem parados, possivelmente terá uma redistribuição das linhas pela cidade” finaliza.