Cotidiano

BNDES terá nova diretoria de Controladoria e Risco

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RIO – A dois dias de assumir a presidência do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques trabalha a pleno vapor no banco. Já escolheu ao menos dois membros de sua equipe na instituição. Ricardo Baldin, ex-sócio da PwC, cuidará de uma nova diretoria, de Controladoria e Risco, enquanto Vinicius Carrasco, professor do departamento de Economia da PUC-Rio, ficará à frente da diretoria de Planejamento, conforme antecipou o colunista do GLOBO Lauro Jardim.

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Na tarde desta quarta-feira, Maria Silvia vai suceder Luciano Coutinho, que está no comando do instituição desde 2007, com o desafio de desenhar uma nova engenharia financeira para o BNDES. O banco de fomento teve os repasses do Tesouro Nacional cortados pelo governo no fim de 2014 e, segundo especialistas, deverá reduzir paulatinamente o crédito subsidiado que oferece, principalmente pelo efeito negativo que o uso de taxas reduzidas traz às contas públicas. Em paralelo, o BNDES será o pilar do governo no estímulo a investimentos em infraestrutura no país, o que inclui o processo de concessões.

As escolhas dos novos executivos parecem estar em linha com esses desafios. Baldin, por exemplo, atua como consultor empresarial nas áreas de governança corporativa, gestão de risco e estruturação de áreas de controles internos. Por mais de 30 anos, foi sócio da PwC, especializada em auditoria, tendo trabalhado também no Banco Itaú.

Já Vinicius Carrasco tem trajetória acadêmica, com doutorado em Economia pela Stanford University, com atuação em áreas como as de estrutura organizacional. Em artigo publicado no GLOBO em 2015, que assina ao lado de Arminio Fraga Neto, sócio da Gávea Investimentos e ex-presidente do Banco Central, e João Manoel Pinho de Mello, professor do Insper, faz críticas aos aportes vultosos do Tesouro no BNDES e à falta de dados sobre o uso desses recursos. Além de destacarem a necessidade de prestação de contas, defendem que os recursos deveriam ser aplicados às políticas que gerem maior benefício à sociedade. O ministro da Fazenda Henrique Meirelles já frisou que o BNDES deverá ter forte atuação em projetos para o bem público, como na área de saneamento básico.