BRASÍLIA – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve o juro básico em 14,25% ao ano. Desde julho do ano passado, a taxa Selic está no mesmo patamar. A decisão foi unânime entre os integrantes do Copom e já era esperada por praticamente todo o mercado financeiro que, apesar do repique recente da inflação, aposta em corte de juros após a mudança de comando do BC.
O Copom repetiu o comunicado da reunião de abril. E reafirmou que ainda é cedo para corte de juros:
“O Comitê reconhece os avanços na política de combate à inflação, em especial a contenção dos efeitos de segunda ordem dos ajustes de preços relativos. No entanto, considera que o nível elevado da inflação em doze meses e as expectativas de inflação distantes dos objetivos do regime de metas não oferecem espaço para flexibilização da política monetária”, ressaltou o BC no texto.
Nesta quinta-feira, deve ser publicada no Diário Oficial a troca do atual presidente Alexandre Tombini por Ilan Goldfajn. Com isso, os analistas esperam uma melhora do ambiente econômico.
Tombini deixa o cargo com a inflação acumulada nos últimos 12 em 9,32%. A meta para este ano é de 4,5% com uma margem de tolerância de 2 pontos percentuais.
De acordo com os economistas, a recessão econômica, a alta do desemprego e queda do consumo tende a frear os preços daqui para frente.
Nesta quarta-feira, o IBGE divulgou que a inflação oficial brasileira, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,78% em maio: a maior alta para o mês desde 2008 e ficou acima da expectativa de analistas que de 0,72%.