BRASÍLIA – A pedido da bancada do PMDB na Câmara, o presidente Michel Temer considera criar o Ministério do Saneamento, uma área que é da alçada, hoje, do Ministério das Cidades. Os mineiros têm reclamados sistematicamente a Temer da falta de representatividade do estado em seu governo. O último ministro de Minas foi o deputado peemedebista Mauro Lopes, que comandou a pasta da Aviação Civil por poucas semanas, antes da presidente Dilma Rousseff ser afastada pela Câmara.
? O pedido foi feito e o presidente está analisando. Ainda não tem definição se será mesmo criado ? disse um auxiliar presidencial.
Apesar do pleito, Temer está sendo aconselhado a não criar o ministério. A mensagem viria na contramão da que foi passada quando assumiu, após o impeachment de Dilma, de que seu governo iria reduzir cargos e gastos.
? Ele pode até estar pensando nisso, mas estou recomendando para que não passe de uma ideia sem fundamento ? disse um integrante da alta cúpula do governo.
Quando tomou posse, em maio, Temer encolheu o número de ministérios, pois quando era vice reclamava do excesso de pastas. Reduziu de 32 para 25, mas agora já são 28 ministérios. Nos primeiros dias de governo, protestos da classe artística levaram o presidente a recuar, recriando o Ministério da Cultura, que ele próprio anexara ao Ministério da Educação. Em fevereiro, com a criação do Ministério dos Direitos Humanos e da Secretaria Geral ? com status de ministério ?, ficaram 28 pastas.