LONDRES ? O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, foi interrogado nesta segunda-feira por promotores na embaixada do Equador em Londres, onde mora há quatro anos, por conta de alegações de que ele cometeu um estupro na Suécia em 2010. Ele nega as acusações e se recusou a viajar ao território sueco para responder às perguntas das autoridades. O ciberativista recebe refúgio na representação diplomática desde junho de 2012, após um tribunal ter ordenado a sua extradição para ser interrogado sobre o caso.
Aos 45 anos, o australiano afirma que teme ser extraditado para os EUA, onde é alvo de uma investigação criminal pelo vazamento de documentos secretos do governo americano no WikiLeaks. Em 2010, o site publicou milhares de informações confidenciais em um dos maiores vazamentos na História.
A chefia da Procuradoria sueca e um investigador policial estavam autorizados a fazer perguntas por meio de uma autoridade equatoriana, que em seguida publicaria um relatório com o resultado do interrogatório para a Suécia.
Durante a campanha presidencial dos EUA, o WikiLeaks foi amplamente acusado de tentar fazer a eleição pender a favor do republicano Donald Trump, mas o site garantiu que não tinha qualquer intenção de influenciar o voto. A campanha de Hillary criticou duramente pela ausência de vazamentos sobre o magnata, no mesmo período em que o site divulgou vários documentos derivados de ciberataques contra o Partido Democrata.