Cotidiano

Asfalto com prazo de validade vencido

Como o Município conta com uma usina de asfalto própria, o custo para os serviços de tapa-buracos reduzem significativamente

Cascavel – Sempre quando chove, a história se repete pelas ruas de Cascavel. Buracos, ou porque não dizer, crateras, surgem no meio do asfalto, elevando o risco de acidentes – principalmente envolvendo motociclistas -, além de provocar danos aos automóveis, especificamente naqueles com rodas de liga leve.

Na maioria dos casos, o serviço é paliativo, como admite o engenheiro responsável pelo setor de tapa-buracos da Secretaria de Obras de Cascavel, Marcos Almeida. “Apesar de todos os esforços e das equipes trabalhando continuamente nas ruas, é difícil dar conta de tudo e resolver os problemas de maneira definitiva”, comentou.

Um dos grandes problemas, segundo ele mesmo relata, é a vida útil da pavimentação das ruas da cidade, muitas delas com o prazo de validade já ultrapassado, uma vez que o tempo de durabilidade do asfalto é de no máximo 20 anos. “Muitos buracos ressurgem por conta da idade do pavimento, alguns executados em 1994”, afirma. “O mais sensato seria a realização de serviços para a implantação de uma nova capa asfáltica, mas como não há condições financeiras e nem de material humano para atender os locais mais críticos, a alternativa é o remendo”.

Como o Município conta com uma usina de asfalto própria, o custo para os serviços de tapa-buracos reduzem significativamente. “Custa muito menos para os cofres do Município realizar estes reparos nas ruas do que custear o atendimento público de vítimas de acidentes provocados pelos buracos”, comparou o engenheiro.

As frentes de trabalho estão concentradas em diversos pontos da cidade, na tentativa de minimizar o problema. Os trabalhos já ocorreram no Morumbi, na Rua Carlos Gomes, no Faculdade, na Avenidas JK e na Tito Muffato e na região do Cowboy Sallon. “Na medida em que vamos conseguindo atender os locais mais críticos, retomaremos os giros nos bairros de Cascavel”. Ainda faltam atender o Nova Cidade, Parque São Paulo, Maria Luiza e Neva.

Afrânio Gonçalves era um dos vários motoristas indignados com o estado de conservação do asfalto na cidade. “Isso é uma afronta ao contribuinte que paga seus impostos rigorosamente em dia e precisa desviar dos buracos para não sofrer danos no veículo”, comentou.

1,6 mil km de malha viária

A Secretaria de Obras de Cascavel conta com duas equipes para efetuar os tapa-buracos. Conforme Marcos Almeida, o Município possui uma malha viária de 1,6 mil quilômetros de extensão. Em vários casos, o reperfilamento também é recomendado.