Cascavel – A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) lançou o alerta e o governo federal cogitou acabar com o horário de verão e até propôs uma consulta pública pelas redes sociais para ver se os brasileiros queriam ou não sua manutenção, mas, no fim, a decisão foi de mantê-lo com a promessa de rediscutir a medida em 2018. E, por isso, ele começa à meia-noite de hoje, quando os relógios devem ser adiantados em uma hora.
A argumentação da Aneel é que o fator determinante para sua manutenção era a economia de energia elétrica e que isso não está mais se cumprindo, uma vez que o consumo está sendo diluído durante o dia, tanto por residências quanto por indústrias. De acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema), atualmente os picos de consumo ocorrem das 14h às 15h, e não mais das 17h às 20h.
Um dos aspectos a ser considerado aqui, por exemplo, é a popularização e o fácil acesso aos aparelhos de ar-condicionados que ficam potencialmente ligados nos períodos mais quentes do dia: o fim da manhã e no início da tarde.
No horário de verão do ano passado, a economia com o consumo de energia elétrica foi de R$ 159,5 milhões e a tendência é que o mesmo, ou algo parecido, ocorra neste ano. A mudança no relógio vai ocorrer em 18 estados e no distrito federal. O Paraná é um deles.
Tirando o aspecto econômico de lado, há outros fatores que dividem a opinião. Tem quem goste dos dias maiores, mas tem os que não são muito fãs daquela sensação de ter que acordar uma hora mais cedo.
Novo horário
A partir deste domingo todos terão de se acostumar com a mudança nos relógios que começa à meia-noite de hoje e segue até 17 de fevereiro de 2018. Isso significa que à meia-noite deste sábado os relógios deverão pular automaticamente para a 1h de domingo.
José Carlos Martins é uma daqueles que adora o “novo horário”. “Levo uns dias para me adaptar, mas depois fica tudo certo. Gosto porque anoitece mais tarde, podemos fazer mais coisas na rua e mesmo em casa. Eu acho maravilhoso”, afirma.
Do outro lado está Célia do Amaral Beal: “Eu acho que a gente dorme menos e pior. Além disso, temos que acordar uma hora mais cedo e dormir uma mais tarde”.
Entre os que aprovam e os que desaprovam, serão 126 dias com os relógios adiantados.