O ex-ministro da fazenda Guido Mantega teve prisão temporária decretada pelos investigadores da operação Lava Jato. Mantega, porém, não foi o primeiro integrante da equipe econômica do governo federal a se envolver em escândalos de corrupção e nem mesmo o primeiro a ser preso. Desde a redemocratização, nomes de Ministros da Fazenda e presidentes do Banco Central acabam ganhando os noticiários por motivos que não são suas politicas econômicas. Chico Lopes e Antonio Pallocci são dois desses casos conhecidos.
Chico Lopes foi presidente do Banco Central por menos de 20 dias, em 1999. Lopes foi acusado de tráfico de influência ao ajudar na recuperação dos bancos Marka e FonteCidam, causando um prejuízo estimado de 1,5 bilhão de reais, em valores da época. Ele chegou a ser preso por algumas horas quando se negou a dizer tudo o que sabia na CPI dos Bancos. Em um processo que durou 13 anos, o juiz Ênio Laércio Chappuis, da 22 Vara Federal do Distrito Federal, condenou por improbidade administrativa e ao ressarcimento de uma soma bilionária aos cofres públicos os principais envolvidos no escândalo, incluindo Chico Lopes.
Antonio Palocci, ex-ministro da fazenda no governo Lula, teve que responder a processos durante sua carreira, por mais de uma vez. Palocci foi acusado de receber propina no escândalo do mensalão, porém não foi condenado. Foi réu também no caso da quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa, e novamente inocentado pelo STF. Esse caso foi um dos motivos de sua demissão do cargo de Ministro. Atualmente, o ex-ministro está sendo investigado na operação Lava Jato por supostamente ter pedido R$ 2 milhões para campanha da ex-presidente Dilma em 2010. Seu nome apareceu em delações do lobista Fernando Baiano e do doleiro Alberto Youssef.