RIO – Apesar de o setor de serviços ter registrado, ao final de 2016, o primeiro bimestre de taxas positvas na margem (alta de 0,2% em novembro e 0,6% em dezembro) desde o final de 2013, a Confederação Nacional do Comércio, Bens e Serviços (CNC), projeta que, por conta das previsões de recuperação do mercado de trabalho somente no segundo semestre, o setor de serviços deve amargar mais um ano de queda – o terceiro -, dessa vez de -0,5%.
– O setor já chegou ao fundo do poço, ao que parece, e 2017 será início da estabilização, que só ocorrerá efetivamente no início de 2018. Essa recuperação ficará para ano que vem porque os serviços dependem do mercado interno, não exportamos nem importamos serviços, e como o desemprego ainda vai crescer antes de cair, no segundo semestre, o setor ainda vai patinar – diz Fábio Bentes, economista da CNC.
O volume do setor de serviços encolheu 5% em 2016, em relação ao ano anterior, informou o IBGE na manhã desta quarta-feira. Este é o pior resultado desde o início da Pesquisa Mensal de Serviços, em 2012 – e o segundo ano seguido de retração. A receita nominal também teve queda, de 0,1%.