Cascavel – Vendedores ambulantes se reuniram em frente à Prefeitura de Cascavel para uma manifestação na manhã de ontem. Além da indignação por conta da lei que restringe o exercício da profissão no Calçadão da Avenida Brasil, o grupo se mobilizou em apoio a uma das vendedoras que foi retirada do local onde trabalhava.
Nilon Mikuski, de 71 anos, vendia lanches na Rua Souza Naves, no cruzamento com a Rua Santa Catarina e desde a terça-feira está impedida de permanecer no ponto.
Ela conta que sempre atuou dentro da legalidade e que neste momento esperava apenas pela liberação de um novo alvará. A vendedora diz que os fiscais a proibiram de permanecer na rua, pela proximidade a um estabelecimento de saúde.
Busquei ajuda no Fórum, pois se esse é único problema, posso ficar a 35 metros de distância do estabelecimento como é recomendado e voltar à minha atividade, afirma.
Nilon depende do trabalho para manter o tratamento do marido que enfrenta problemas de saúde. Os medicamentos são caros e na parte da manhã preciso pagar outra pessoa para que cuide dele, desabafa.
Ambulantes alegam que há muita burocracia para a liberação de alvará. Após dois anos da implantação da lei, apenas um vendedor havia conseguido o documento. Após os processos serem protocolados, existe ainda a necessidade de uma avaliação pela Coopla (Comissão Permanente de Licença para Atividades Ambulantes).