As escolas estaduais receberam nos primeiros quatro meses do ano 2,7 mil toneladas de alimentos para a merenda dos alunos. Cereais, massas e pães, carnes, verduras e frutas frescas estão entre os itens entregues pelo governo do Estado às 2.300 escolas da rede estadual para a alimentação de 1 milhão de estudantes.
Segundo o Fundepar (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional), dos 130 tipos de produtos, 91 são in natura e, destes, 89% veio diretamente de agricultura familiar.
A participação de produtos diretos da roça na merenda escolar foi crescente nos últimos anos. Atualmente, em média no ano, 59,5% dos produtos são adquiridos de cooperativas e associações de agricultores familiares. É o maior volume entre os estados brasileiros.
“O governo do Paraná defende a agricultura familiar e aposta no desenvolvimento dos pequenos trabalhadores rurais. Acredita, também, numa alimentação mais saudável e que ajude os nossos jovens terem uma formação física e intelectual mais completa”, afirma o presidente do Instituto Fundepar, Sérgio Brun.
Só nesta primeira remessa do ano o governo aplicou R$ 17 milhões no período para a compra de todos os itens. No ano são feitas até seis remessas de alimentos. A previsão é destinar um total de até R$ 300 milhões para a merenda.
Só para a compra de alimentos da agricultura serão destinados R$ 86 milhões, o que garante renda às famílias de pequenos produtores, contribuindo para que se mantenham no campo e tenham mais qualidade de vida.
“Pela primeira vez na história do Paraná 100% dos municípios são atendidos pela agricultura familiar e fornecem para a merenda escolar”, afirmou Brun.
Maior contrato
Atualmente, 25 mil famílias de pequenos agricultores ajudam a abastecer a servir 1,1 milhão de refeições diárias aos alunos. No dia 19 de março, o governo do Estado firmou o maior contrato dos últimos anos para a compra de alimentos dos agricultores para a merenda.
Foram assinados 152 contratos com 144 cooperativas e associações de agricultores espalhados pelo Estado. Só este pacote somou R$ 8 milhões.
“Estamos readequando os estudos para que os produtos de agricultura familiar também sejam orgânicos”, disse o presidente do Fundepar.
Cardápio
A escolha dos alimentos que vão compor o cardápio diário é feita com base no Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar), no Guia Alimentar para a População Brasileira e na avaliação de aceitabilidade dos alimentos elaborada regularmente em cada escola. “Aqui no Paraná optamos pelos alimentos saudáveis e verificamos periodicamente a aceitação dos alunos para montar o cardápio diário e evitar desperdícios”, explicou a gerente do departamento de nutrição escolar do Estado, Noemi Grünhagen.
Além disso, para assegurar a qualidade é feito junto aos alunos o acompanhamento e monitoramento nutricional e avaliação antropométrica, que estuda as medidas e dimensões das diversas partes do corpo humano. “Outra peculiaridade do Paraná é que consideramos as características da agricultura de cada região e prezamos por aqueles alimentos comuns aos alunos”, afirmou Noemi.